quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O mágico de Oz, L. Frank Baum

Título: O mágico de Oz
Autor: L. Frank Baum
Tradução: Sérgio Flaksman
Editora: Zahar
Edição: 1ª ed., Rio de Janeiro, 2013.

     O mágico de Oz é um dos romances infantojuvenis com o maior número de adaptações da Literatura norte-americana, sendo a adaptação cinematográfica de 1939 e a adaptação musical para a Broadway escrita pelo próprio autor e constantemente reencenada as mais notáveis. O sucesso da obra fez com que o autor, L. Frank Baum, escrevesse mais livros no universo de Oz, que ganhou um total de treze aventuras.
     A narrativa acompanha as aventuras de Dorothy, uma menina órfã que mora com seus tios em pequena e cinzenta casa no Kansas. Um ciclone passa pela região e com ele parte a casa de Dorothy rumo ao desconhecido. A menina acorda em um lugar desconhecido com somente seu cachorrinho Totó como companhia e é informada por munchkins, criaturas parecidas com humanos, mas de estatura baixa, que sua casa foi a causa da morte da Bruxa Má do Leste. Decidida a encontrar uma forma de retornar para casa, decide procurar uma conferência com o grande Mágico de Oz e pedir que indique o caminho.
      Em suas aventuras Dorothy faz amizade com algumas criaturas peculiares: um espantalho recém-criado que deseja um cérebro para poder pensar como os homens, um homem de lata que deseja um coração para poder amar novamente e um leão que deseja coragem para poder se tornar, de fato, o rei da selva decidem acompanhar a menina quando descobrem sua intenção de fazer um pedido ao mago.
     Depois de passar por diversos perigos e aventuras, Dorothy e seus amigos encontram o Mágico que concorda em ajudá-los desde que todos ajudem a pequena Dorothy a matar a Bruxa Má do Oeste. Começa a segunda parte da história, onde os perigos são mais assustadores e os personagens percebem o lado obscuro da terra encantada onde estão. Dorothy cumpre sua missão, mas descobre que o Mágico de Oz não é tão poderoso quanto seus súditos inocentemente acreditavam.
     Baum foca sua narrativa nas ações constantes – curiosamente, a obra foi banida durante certo período de tempo por possuir uma heroína por trás de tanta ação, o que era considerado um mau exemplo para as meninas. O autor investe em um ritmo rápido, nas sentenças simples para prender o leitor e nas imagens marcantes que ganham ilustrações feitas por W. W. Denslow em um estilo marcante e inovador.
     Os desejos muito humanos dos personagens de Baum – serem reconhecidos pela coragem, pela inteligência, sentirem amor marcam a obra que tem como moral a ideia de que é a insegurança que nos impede de experienciar nossos desejos. Não analisar minuciosamente sentimentos e motivações é a prerrogativa desse mundo impelido pela ação e que, por isso, esconde suas mensagens até mesmo de seus protagonistas.
     E é por isso que Dorothy deseja retornar para sua casa, mesmo sabendo que a vida lá não é tão encantada quanto no país de Oz ecoando os sentimentos do leitor jovem que deseja conhecer o encantado mesmo imaginando seus perigos e do leitor mais velho deseja voltar para o país da infância escolhendo ignorar que é a luz da nostalgia que o torna tão convidativo.

Nota: ♥♥♥♥

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